Autores:

 1) Prof. Anderson Mamede

Especialista, mestre e doutor em Ortodontia

Coordenador do curso de Ortodontia da Faculdade Modal

2) Profa. Beatriz Silveira Mamede

Cirurgiã-Dentista

Especializando em Ortodontia e Implantodontia

Profa. Do Curso de TSB da Faculdade Modal

O diagnóstico da reabsorção radicular externa, problema muito frequente nos tratamentos ortodônticos, deveria ser, preferencialmente, realizado através de uma tomografia de feixe cônico dos dentes afetados, uma vez que a visualização das lesões de reabsorção nas paredes vestibular e lingual das raízes dentárias é limitada quando realizada pelos métodos mais convencionais, tais como radiografia periapical e panorâmica

Um problema muito frequente nos processos judiciários contra ortodontistas, envolve a negligência no diagnóstico precoce das reabsorções radiculares, uma vez que o dentista tem a obrigação de fazê-lo o mais rápido possível, através de um protocolo bem definido de avaliações radiográficas periódicas.

 A detecção precoce deste acontecimento é de suma importância para que junto com o paciente tomemos a decisão, quando da presença de reabsorções mais severas, sobre a continuação, desaceleração ou interrupção do tratamento, uma vez que, segundo a literatura, cessado o movimento dentário, caso a etiologia seja o tratamento ortodôntico, a reabsorção tende a estabilizar.

Outro problema muito frequente é a reabsorção radicular externa causada por dentes impactados ectópicos e mais uma vez a solicitação do exame tomográfico antes de iniciarmos o tratamento ortodôntico se faz necessário, para avaliarmos a posição do dente a ser tracionado (ou extraído), bem como as possíveis reabsorções nas raízes dos dentes adjacentes, e comunicarmos ao paciente a situação atual, para não sermos acusados de termos causados este evento durante o tracionamento.

Referências: